Ministério inicia campanha de combate à doença de Chagas
O Ministério da Saúde iniciou hoje (13), véspera do Dia Mundial de Combate à doença de Chagas, uma campanha de conscientização da população sobre essa enfermidade que, segundo estimativas da pasta, atinge pelo menos 1 milhão de pessoas no paÃs e resulta em mais de 4 mil mortes a cada ano. Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, é possÃvel que o número de pessoas contaminadas seja bem maior e, em um cenário mais pessimista, chegue a 4,6 milhões de pessoas. âSignifica que, atualmente, até 2,4% da nossa população possa estar infectada pela doença", disse ele durante o anúncio da campanha deste ano, que tem, como tema, âAjude-nos a saber quantos somos e onde estamosâ. Durante a cerimônia, foi lançada também a nova edição do boletim epidemiológico de 2022, intitulado Territorialização e Vulnerabilidade para a doença de Chagas crônica. "A partir de hoje, a campanha será veiculada na TV, rádio, redes sociais e outras mÃdias, com objetivo de conscientizar a população para prevenir o inseto 'barbeiro', vetor da Chagas. A prevenção começa dentro de casa, com formas simples de evitar os criadouros e se proteger", informou o ministério. Presente no evento, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a doença de Chagas é uma doença diretamente relacionada a regiões com baixo Ãndice de desenvolvimento humano (IDH). âHoje discutimos quantos somos e onde estamosâ, disse tendo por referência o tema da campanha lançada hoje. âSerá que, mais de um século depois [da identificação da doença pelo pesquisador Carlos Chagas] deverÃamos ainda discutir esse assunto? Será que devÃamos ter, em pleno século 21, doenças negligenciadas? Este é um desafio para todos que estão à frente de sistemas de saúdeâ, disse o ministro ao destacar o papel relevante de Carlos Chagas por levar a pesquisa âda bancada à prática clÃnica, com seu instinto investigativoâ. Queiroga acrescentou que a doença ainda afeta um grande número de pessoas e que, além disso, âmais de 65 milhões de pessoas estão sob risco da doençaâ. Arnaldo Medeiros disse que, nas últimas décadas, houve uma mudança epidemiológica significativa da doença, o que resultou em uma redução de 70% na incidência de casos agudos. Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, âatualmente, casos agudos estão mais relacionados à ingestão de alimentos contaminados com as fezes do barbeiro, principalmente na Amazôniaâ. Queiroga complementou a fala de Medeiros dizendo que âainda persiste, em função das desigualdades, não só a possibilidade de transmissão habitual como outras formas". Ele elogiou iniciativas como as dos programas IntegraChagas e o Cuida Chagas, executados pela Fiocruz, que âdevem servir de norte para que possamos trabalhar de maneira determinada para combater não só a forma congênita de transmissão mas também as outras formas que temos de transmissão da doençaâ, disse ao usar, como exemplo, as transmissões durante a gravidez, de mãe para filhos; ou por meio de transfusão de sangue. O IntegraChagas tem por objetivo aumentar a oferta de diagnóstico e tratamento na atenção primária. Já o programa CuidaChagas (Comunidades Unidas para Inovação, Desenvolvimento e Atenção para a Doença de Chagas) é um consórcio internacional que desenvolve projetos pilotos de abordagem de testes e tratamentos que visa eliminar a transmissão congênita da Chagas. As experiências piloto têm sido implementadas em municÃpios localizados no Brasil e em paÃses vizinhos como a BolÃvia, Colômbia e o Paraguai.

O Ministério da Saúde iniciou hoje (13), véspera do Dia Mundial de Combate à doença de Chagas, uma campanha de conscientização da população sobre essa enfermidade que, segundo estimativas da pasta, atinge pelo menos 1 milhão de pessoas no paÃs e resulta em mais de 4 mil mortes a cada ano.
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, é possÃvel que o número de pessoas contaminadas seja bem maior e, em um cenário mais pessimista, chegue a 4,6 milhões de pessoas. âSignifica que, atualmente, até 2,4% da nossa população possa estar infectada pela doença", disse ele durante o anúncio da campanha deste ano, que tem, como tema, âAjude-nos a saber quantos somos e onde estamosâ.
Durante a cerimônia, foi lançada também a nova edição do boletim epidemiológico de 2022, intitulado Territorialização e Vulnerabilidade para a doença de Chagas crônica.
"A partir de hoje, a campanha será veiculada na TV, rádio, redes sociais e outras mÃdias, com objetivo de conscientizar a população para prevenir o inseto 'barbeiro', vetor da Chagas. A prevenção começa dentro de casa, com formas simples de evitar os criadouros e se proteger", informou o ministério.
Presente no evento, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a doença de Chagas é uma doença diretamente relacionada a regiões com baixo Ãndice de desenvolvimento humano (IDH). âHoje discutimos quantos somos e onde estamosâ, disse tendo por referência o tema da campanha lançada hoje. âSerá que, mais de um século depois [da identificação da doença pelo pesquisador Carlos Chagas] deverÃamos ainda discutir esse assunto? Será que devÃamos ter, em pleno século 21, doenças negligenciadas? Este é um desafio para todos que estão à frente de sistemas de saúdeâ, disse o ministro ao destacar o papel relevante de Carlos Chagas por levar a pesquisa âda bancada à prática clÃnica, com seu instinto investigativoâ.
Queiroga acrescentou que a doença ainda afeta um grande número de pessoas e que, além disso, âmais de 65 milhões de pessoas estão sob risco da doençaâ.
Arnaldo Medeiros disse que, nas últimas décadas, houve uma mudança epidemiológica significativa da doença, o que resultou em uma redução de 70% na incidência de casos agudos. Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, âatualmente, casos agudos estão mais relacionados à ingestão de alimentos contaminados com as fezes do barbeiro, principalmente na Amazôniaâ.
Queiroga complementou a fala de Medeiros dizendo que âainda persiste, em função das desigualdades, não só a possibilidade de transmissão habitual como outras formas". Ele elogiou iniciativas como as dos programas IntegraChagas e o Cuida Chagas, executados pela Fiocruz, que âdevem servir de norte para que possamos trabalhar de maneira determinada para combater não só a forma congênita de transmissão mas também as outras formas que temos de transmissão da doençaâ, disse ao usar, como exemplo, as transmissões durante a gravidez, de mãe para filhos; ou por meio de transfusão de sangue.
O IntegraChagas tem por objetivo aumentar a oferta de diagnóstico e tratamento na atenção primária. Já o programa CuidaChagas (Comunidades Unidas para Inovação, Desenvolvimento e Atenção para a Doença de Chagas) é um consórcio internacional que desenvolve projetos pilotos de abordagem de testes e tratamentos que visa eliminar a transmissão congênita da Chagas. As experiências piloto têm sido implementadas em municÃpios localizados no Brasil e em paÃses vizinhos como a BolÃvia, Colômbia e o Paraguai.