AuxÃlio Brasil deve injetar, no mÃnimo, R$ 84 bilhões na economia
Estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgado hoje (19), analisa que o programa AuxÃlio Brasil deverá injetar na economia, ao longo deste ano, pelo menos R$ 84 bilhões, dos quais 70,43%, ou o equivalente a R$ 59,16 bilhões, deverão se transformar em consumo imediato, enquanto 25,74% (R$ 21,62 bilhões) se destinarão para quitação ou abatimento de dÃvidas e 3,83%, ou R$ 3,21 bilhões, serão poupados para consumo futuro. O programa AuxÃlio Brasil substituiu o Bolsa FamÃlia, extinto no ano ado, e teve suas primeiras parcelas mensais pagas aos beneficiários em 2022 a partir de ontem (18). Em entrevista à Agência Brasil, o economista da CNC, Fabio Bentes, explicou que o valor de R$ 84 bilhões foi apurado tomando por base o benefÃcio mÃnimo de R$ 400. âComo a gente não sabe quanto cada brasileiro vai receber, porque depende de outras variáveis, a gente fez a conta por baixo. Como o benefÃcio mÃnimo é de R$ 400 pago a 17,5 milhões de famÃlias, durante 12 meses, isso perfaz R$ 84 bilhõesâ. Esse será o valor que o programa vai disponibilizar, no mÃnimo, em 2022. Entretanto, como o benefÃcio é variável, a estimativa pode ser ainda mais otimista: R$ 89,9 bilhões. A estimativa da CNC é que 70% desse montante se destinará ao consumo imediato, mas não ao consumismo, até porque os elegÃveis do antigo Bolsa FamÃlia estão na pobreza extrema ou na pobreza, afirmou Bentes. âHá necessidades de curtÃssimo prazo, por conta da pandemia e da letargia da economia, e as famÃlias vão ter que fazer frente a esses gastos com alimentação, com medicamentos, serviços do dia a dia, transportesâ, indicou. Do total de R$ 59 bilhões que deverão ir para o consumo imediato, a CNC estimou que pela estrutura de gastos do brasileiro, cerca de 47% são consumo no comércio e no setor de serviços. âA gente estima que R$ 28 bilhões devem chegar ao comércioâ. Isso significa um impulso de 1% a 1,5% no faturamento anual do varejo nacional. Bentes advertiu, entretanto, que isso não vai salvar as vendas do comércio em 2022. âMas pode ajudar o comércio a ter um ano menos amargo no momento em que a expectativa para a economia, este ano, tem sido corrigida para baixo. A expectativa é que a economia cresça 0,3% este ano. Então, ajuda no sentido de disponibilizar um pouco mais de recursos para consumo, o que acaba aliviando um pouco mais o ano difÃcil que o comércio vai ter pela frenteâ. Endividamento Diante do grau de endividamento da população, o percentual de recursos destinado ao pagamento de dÃvidas tende a ser relativamente alto dessa vez. Segundo dados do Banco Central (BC), 30,3% da renda média dos brasileiros estavam comprometidos com dÃvidas no terceiro trimestre do ano ado, maior patamar da série histórica iniciada em 2005. âMas a gente sabe que, por conta da inflação, dos juros mais altos, o comprometimento da renda seguramente deve aumentar um pouco, pelo menos nessa primeira metade de 2022â.

Estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgado hoje (19), analisa que o programa AuxÃlio Brasil deverá injetar na economia, ao longo deste ano, pelo menos R$ 84 bilhões, dos quais 70,43%, ou o equivalente a R$ 59,16 bilhões, deverão se transformar em consumo imediato, enquanto 25,74% (R$ 21,62 bilhões) se destinarão para quitação ou abatimento de dÃvidas e 3,83%, ou R$ 3,21 bilhões, serão poupados para consumo futuro.
O programa AuxÃlio Brasil substituiu o Bolsa FamÃlia, extinto no ano ado, e teve suas primeiras parcelas mensais pagas aos beneficiários em 2022 a partir de ontem (18).
Em entrevista à Agência Brasil, o economista da CNC, Fabio Bentes, explicou que o valor de R$ 84 bilhões foi apurado tomando por base o benefÃcio mÃnimo de R$ 400. âComo a gente não sabe quanto cada brasileiro vai receber, porque depende de outras variáveis, a gente fez a conta por baixo. Como o benefÃcio mÃnimo é de R$ 400 pago a 17,5 milhões de famÃlias, durante 12 meses, isso perfaz R$ 84 bilhõesâ. Esse será o valor que o programa vai disponibilizar, no mÃnimo, em 2022. Entretanto, como o benefÃcio é variável, a estimativa pode ser ainda mais otimista: R$ 89,9 bilhões.
A estimativa da CNC é que 70% desse montante se destinará ao consumo imediato, mas não ao consumismo, até porque os elegÃveis do antigo Bolsa FamÃlia estão na pobreza extrema ou na pobreza, afirmou Bentes. âHá necessidades de curtÃssimo prazo, por conta da pandemia e da letargia da economia, e as famÃlias vão ter que fazer frente a esses gastos com alimentação, com medicamentos, serviços do dia a dia, transportesâ, indicou.
Do total de R$ 59 bilhões que deverão ir para o consumo imediato, a CNC estimou que pela estrutura de gastos do brasileiro, cerca de 47% são consumo no comércio e no setor de serviços. âA gente estima que R$ 28 bilhões devem chegar ao comércioâ. Isso significa um impulso de 1% a 1,5% no faturamento anual do varejo nacional.
Bentes advertiu, entretanto, que isso não vai salvar as vendas do comércio em 2022. âMas pode ajudar o comércio a ter um ano menos amargo no momento em que a expectativa para a economia, este ano, tem sido corrigida para baixo. A expectativa é que a economia cresça 0,3% este ano. Então, ajuda no sentido de disponibilizar um pouco mais de recursos para consumo, o que acaba aliviando um pouco mais o ano difÃcil que o comércio vai ter pela frenteâ.
Endividamento
Diante do grau de endividamento da população, o percentual de recursos destinado ao pagamento de dÃvidas tende a ser relativamente alto dessa vez. Segundo dados do Banco Central (BC), 30,3% da renda média dos brasileiros estavam comprometidos com dÃvidas no terceiro trimestre do ano ado, maior patamar da série histórica iniciada em 2005. âMas a gente sabe que, por conta da inflação, dos juros mais altos, o comprometimento da renda seguramente deve aumentar um pouco, pelo menos nessa primeira metade de 2022â.