Brasil tem oito casos suspeitos de varÃola dos macacos
Dos nove casos suspeitos de varÃola dos macacos (monkeypox) no Brasil, um já foi descartado, no Ceará. Entre os demais casos suspeitos, cinco são do sexo masculino e três do feminino. Há dois casos sob monitoramento em hospitais, conforme informado pela Sala de Situação da Monkeypox, do Ministério da Saúde. A Sala de Situação tem por objetivo divulgar orientações para resposta a casos dessa doença no Brasil, bem como direcionar as ações de vigilância quanto à definição de caso, processo de notificação, fluxo laboratorial e investigação epidemiológica no paÃs. PatrÃcia Carvalho, integrante do comando da sala, disse hoje (8), durante uma webinar promovida pelo ministério, que, entre os oito casos suspeitos, dois encontram-se em Santa Catarina, nos municÃpios de Blumenau e DionÃsio Cerqueira. Outros dois estão sob acompanhamento em Rondônia. âTrata-se de um casal de Rio Crespo (RO)â, disse. Há, ainda, um caso suspeito em São Paulo (capital); um em Pacatuba (CE); um em Porto Alegre; e um em Corumbá. Segundo PatrÃcia, o caso suspeito em Corumbá âé de um boliviano, que encontra-se internado e está sendo acompanhado no Brasilâ. âDos casos suspeitos, três têm históricos de viagem para fora do Brasilâ, acrescentou ela referindo-se a pessoas que vieram de Portugal, Argentina e BolÃvia. A representante da Secretaria de Vigilância de Saúde, JanaÃna Sallas, detalhou que, dos oito casos em situação suspeita, cinco têm até 28 anos de idade. Os cinco do sexo masculino tem idades entre 15 e 51 anos; e os do sexo feminino, idades entre 25 e 27 anos. Até o momento, segundo as autoridades brasileiras, existe aumento de casos confirmados em pelo menos 31 paÃses. O número está em 1.077 casos, sendo a maior parte em paÃses onde a doença é endêmica, localizados no continente africano. âEssa doença é um evento incomum e inesperado em áreas não endêmicas. Trata-se de um agente com alto potencial de transmissão por contato através de gotÃculas, principalmente por fluidos corporais, e existe a necessidade de assegurar a assistência â o que inclui tratamento, capacidade laboratorial, equipamentos de proteção, e descontaminaçãoâ, disse JanaÃna Sallas. PatrÃcia Carvalho destacou, também, a importância de se notificar, o quanto antes, casos suspeitos que apresentem sinais e sintomas como febre, erupção cutânea e adenomegalia (espécie de Ãngua). Como a transmissão pode ser por fluidos corporais, gotÃculas ou materiais contaminados, ela sugere, como medida de prevenção, o uso de máscaras e a lavagem de mãos. Europa O representando da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Wildo Navegantes, falou sobre o cenário epidemiológico internacional, em especial sobre os casos de varÃola dos macacos registrados em europeus que adquiriram a doença sem terem ido aos paÃses endêmicos. âAo que tudo indica, o surto teve inÃcio em meados de abril. Há alguns casos de transmissões relacionadas a atividades sexuais. Em boa parte, envolvendo relações sexuais fortuitas e com multiparceirosâ, disse. Conforme os especialistas, a vacina contra a varÃola humana apresenta bons resultados contra essa versão, que costuma estar mais presente em macacos e roedores. âInfelizmente, um estudo feito no Reino Unido mostrou que apenas 14% das pessoas da comunidade tomariam a vacina, caso tivessem o a elaâ, disse. âMas o mais incrÃvel é que apenas 69% dos contatos pertencentes a um grupo de trabalhadores da saúde disseram que, se tivessem a vacina disponÃvel para tomar, aceitariam tomar. Acreditamos que um dado como esse envolvendo profissionais da saúde, 100% deveria aderirâ, lamentou o representante da Opas. Histórico A varÃola dos macacos foi descoberta pela primeira vez em 1958, quando dois surtos de uma doença semelhante à varÃola ocorreram em colônias de macacos mantidos para pesquisa. O primeiro caso humano dessa variante foi registrado em 1970 no Congo. Posteriormente, foi relatada em humanos em outros paÃses da Ãfrica Central e Ocidental. A varÃola dos macacos ressurgiu na Nigéria em 2017, após mais de 40 anos sem casos relatados. Desde então, houve mais de 450 casos relatados no paÃs africano. Entre 2018 e 2021, foram relatados sete casos de varÃola dos macacos no Reino Unido, principalmente em pessoas com histórico de viagens para paÃses endêmicos.

Dos nove casos suspeitos de varÃola dos macacos (monkeypox) no Brasil, um já foi descartado, no Ceará. Entre os demais casos suspeitos, cinco são do sexo masculino e três do feminino. Há dois casos sob monitoramento em hospitais, conforme informado pela Sala de Situação da Monkeypox, do Ministério da Saúde.
A Sala de Situação tem por objetivo divulgar orientações para resposta a casos dessa doença no Brasil, bem como direcionar as ações de vigilância quanto à definição de caso, processo de notificação, fluxo laboratorial e investigação epidemiológica no paÃs.
PatrÃcia Carvalho, integrante do comando da sala, disse hoje (8), durante uma webinar promovida pelo ministério, que, entre os oito casos suspeitos, dois encontram-se em Santa Catarina, nos municÃpios de Blumenau e DionÃsio Cerqueira. Outros dois estão sob acompanhamento em Rondônia. âTrata-se de um casal de Rio Crespo (RO)â, disse.
Há, ainda, um caso suspeito em São Paulo (capital); um em Pacatuba (CE); um em Porto Alegre; e um em Corumbá. Segundo PatrÃcia, o caso suspeito em Corumbá âé de um boliviano, que encontra-se internado e está sendo acompanhado no Brasilâ.
âDos casos suspeitos, três têm históricos de viagem para fora do Brasilâ, acrescentou ela referindo-se a pessoas que vieram de Portugal, Argentina e BolÃvia.
A representante da Secretaria de Vigilância de Saúde, JanaÃna Sallas, detalhou que, dos oito casos em situação suspeita, cinco têm até 28 anos de idade. Os cinco do sexo masculino tem idades entre 15 e 51 anos; e os do sexo feminino, idades entre 25 e 27 anos.
Até o momento, segundo as autoridades brasileiras, existe aumento de casos confirmados em pelo menos 31 paÃses. O número está em 1.077 casos, sendo a maior parte em paÃses onde a doença é endêmica, localizados no continente africano.
âEssa doença é um evento incomum e inesperado em áreas não endêmicas. Trata-se de um agente com alto potencial de transmissão por contato através de gotÃculas, principalmente por fluidos corporais, e existe a necessidade de assegurar a assistência â o que inclui tratamento, capacidade laboratorial, equipamentos de proteção, e descontaminaçãoâ, disse JanaÃna Sallas.
PatrÃcia Carvalho destacou, também, a importância de se notificar, o quanto antes, casos suspeitos que apresentem sinais e sintomas como febre, erupção cutânea e adenomegalia (espécie de Ãngua). Como a transmissão pode ser por fluidos corporais, gotÃculas ou materiais contaminados, ela sugere, como medida de prevenção, o uso de máscaras e a lavagem de mãos.
Europa
O representando da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Wildo Navegantes, falou sobre o cenário epidemiológico internacional, em especial sobre os casos de varÃola dos macacos registrados em europeus que adquiriram a doença sem terem ido aos paÃses endêmicos.
âAo que tudo indica, o surto teve inÃcio em meados de abril. Há alguns casos de transmissões relacionadas a atividades sexuais. Em boa parte, envolvendo relações sexuais fortuitas e com multiparceirosâ, disse.
Conforme os especialistas, a vacina contra a varÃola humana apresenta bons resultados contra essa versão, que costuma estar mais presente em macacos e roedores. âInfelizmente, um estudo feito no Reino Unido mostrou que apenas 14% das pessoas da comunidade tomariam a vacina, caso tivessem o a elaâ, disse.
âMas o mais incrÃvel é que apenas 69% dos contatos pertencentes a um grupo de trabalhadores da saúde disseram que, se tivessem a vacina disponÃvel para tomar, aceitariam tomar. Acreditamos que um dado como esse envolvendo profissionais da saúde, 100% deveria aderirâ, lamentou o representante da Opas.
Histórico
A varÃola dos macacos foi descoberta pela primeira vez em 1958, quando dois surtos de uma doença semelhante à varÃola ocorreram em colônias de macacos mantidos para pesquisa. O primeiro caso humano dessa variante foi registrado em 1970 no Congo. Posteriormente, foi relatada em humanos em outros paÃses da Ãfrica Central e Ocidental.
A varÃola dos macacos ressurgiu na Nigéria em 2017, após mais de 40 anos sem casos relatados. Desde então, houve mais de 450 casos relatados no paÃs africano. Entre 2018 e 2021, foram relatados sete casos de varÃola dos macacos no Reino Unido, principalmente em pessoas com histórico de viagens para paÃses endêmicos.