Estudo do Inca revela que atividade fÃsica atua no controle do câncer
Os gastos federais somente com três tipos de câncer entre os de maior incidência no Brasil (mama, intestino grosso e endométrio) poderiam ser reduzidos em até R$ 20 milhões com o tratamento do câncer, em 2040, a partir da ampliação da prática da atividade fÃsica na população. O dado consta de estudo divulgado hoje (29) pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), durante o seminário âAtividade fÃsica no controle de câncer: recomendações e impactos econômicos no SUSâ, dentro ainda das comemorações pelo Dia Mundial da Atividade FÃsica, transcorrido no último dia 6. De acordo com o Inca, para que haja essa economia nos gastos com tratamento de câncer, um terço dos brasileiros deveria realizar, pelo menos, 150 minutos de exercÃcios fÃsicos por semana, até 2030, em atividades moderadas. Caso não ocorram polÃticas públicas e ações que estimulem a atividade fÃsica no lazer, o gasto total do Sistema Ãnico de Saúde (SUS) com esses três tipos de câncer, que somaram R$ 1,4 bilhão, em 2018, podem alcançar R$ 2,5 bilhões, em 2030, e R$ 3,4 bilhões, em 2040. As despesas levam em consideração procedimentos hospitalares e ambulatoriais realizados no SUS em pacientes oncológicos na faixa de 30 anos ou mais de idade. Os cânceres de mama, intestino grosso e endométrio têm como fatores de risco a inatividade fÃsica e hábitos sedentários, como assistir televisão e usar celular ou computador em excesso. Insuficiência O pesquisador Fabio Carvalho, da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca, disse à Agência Brasil que, em 2019, a prevalência da atividade fÃsica insuficiente no lazer diminuiu de 92% para 70% em homens e de 94% para 77% em mulheres. Apesar da redução, os valores da falta de atividade fÃsica entre os brasileiros ainda são elevados. âA prática é insuficienteâ, observou. âO cenário que fica mais favorável na perspectiva de economia de recursos seria reduzir em 10% a prevalência. Dá para dizer que é uma meta factÃvel, porque isso seria em dez anosâ. A economia resultante desse aumento da atividade fÃsica entre a população poderia ser reaproveitada tanto na questão hospitalar e ambulatorial, como em programas de atividade fÃsica. âAÃ, é bom para todo mundoâ, assegurou Carvalho. Sinalizou que essas ações valem para a prevenção de novos casos de câncer e também para quem está em tratamento ou já teve a doença. O estudo apresentado pelo Inca ressaltou que, se a tendência de aumento de casos de câncer se mantiver, e a ausência da prática de atividades fÃsicas entre os brasileiros persistir, a expectativa de gastos do governo federal com tratamentos oncológicos será de cerca de R$ 7,8 bilhões, em 2040, contra quase R$ 3,5 bilhões, em 2018. A projeção é que o número de casos novos de câncer diagnosticados no Brasil, exceto não melanoma, sofra aumento de 66%, em 2040, em relação aos 450 mil casos registrados em 2019, com ampliação de 81% no número de óbitos, em comparação à s 232 mil mortes por câncer observadas em 2021. Prevenção A pesquisadora Thainá Alves Malhão, também da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca, analisou, entretanto, que é possÃvel traçar um cenário diferente, porque entre 80% e 90% dos casos de câncer são potencialmente prevenÃveis, com mudança de estilo de vida. A prevenção primária é aliada no controle da doença, assegura o Inca. âO câncer é possÃvel prevenir por meio da atividade fÃsica e da alimentação saudávelâ, reforçou Fabio Carvalho. Durante o evento, foi apresentado o guia Atividade fÃsica e câncer: recomendações para prevenção e controle, elaborado por meio de parceria institucional entre o Inca, a Sociedade Brasileira de Oncologia ClÃnica (Sboc) e a Sociedade Brasileira de Atividade FÃsica e Saúde (Sbafs). Destinado a gestores do SUS, o guia pode ser consultado, por qualquer pessoa interessada que poderá entender que a atividade fÃsica é muito importante para a prevenção do câncer, completou Fabio Carvalho. A diretora-geral do Inca, Ana Cristina Pinho, destacou que o papel do instituto, vinculado ao Ministério da Saúde, é informar à população que o câncer, em boa parte dos casos, pode ser evitado. Segundo Ana Cristina, o evento de hoje teve por objetivo estimular bons hábitos diários e mostrar os efeitos positivos da prevenção primária, que podem refletir na economia dos gastos do SUS.

Os gastos federais somente com três tipos de câncer entre os de maior incidência no Brasil (mama, intestino grosso e endométrio) poderiam ser reduzidos em até R$ 20 milhões com o tratamento do câncer, em 2040, a partir da ampliação da prática da atividade fÃsica na população. O dado consta de estudo divulgado hoje (29) pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), durante o seminário âAtividade fÃsica no controle de câncer: recomendações e impactos econômicos no SUSâ, dentro ainda das comemorações pelo Dia Mundial da Atividade FÃsica, transcorrido no último dia 6.
De acordo com o Inca, para que haja essa economia nos gastos com tratamento de câncer, um terço dos brasileiros deveria realizar, pelo menos, 150 minutos de exercÃcios fÃsicos por semana, até 2030, em atividades moderadas.
Caso não ocorram polÃticas públicas e ações que estimulem a atividade fÃsica no lazer, o gasto total do Sistema Ãnico de Saúde (SUS) com esses três tipos de câncer, que somaram R$ 1,4 bilhão, em 2018, podem alcançar R$ 2,5 bilhões, em 2030, e R$ 3,4 bilhões, em 2040. As despesas levam em consideração procedimentos hospitalares e ambulatoriais realizados no SUS em pacientes oncológicos na faixa de 30 anos ou mais de idade. Os cânceres de mama, intestino grosso e endométrio têm como fatores de risco a inatividade fÃsica e hábitos sedentários, como assistir televisão e usar celular ou computador em excesso.
Insuficiência
O pesquisador Fabio Carvalho, da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca, disse à Agência Brasil que, em 2019, a prevalência da atividade fÃsica insuficiente no lazer diminuiu de 92% para 70% em homens e de 94% para 77% em mulheres. Apesar da redução, os valores da falta de atividade fÃsica entre os brasileiros ainda são elevados. âA prática é insuficienteâ, observou. âO cenário que fica mais favorável na perspectiva de economia de recursos seria reduzir em 10% a prevalência. Dá para dizer que é uma meta factÃvel, porque isso seria em dez anosâ.
A economia resultante desse aumento da atividade fÃsica entre a população poderia ser reaproveitada tanto na questão hospitalar e ambulatorial, como em programas de atividade fÃsica. âAÃ, é bom para todo mundoâ, assegurou Carvalho. Sinalizou que essas ações valem para a prevenção de novos casos de câncer e também para quem está em tratamento ou já teve a doença.
O estudo apresentado pelo Inca ressaltou que, se a tendência de aumento de casos de câncer se mantiver, e a ausência da prática de atividades fÃsicas entre os brasileiros persistir, a expectativa de gastos do governo federal com tratamentos oncológicos será de cerca de R$ 7,8 bilhões, em 2040, contra quase R$ 3,5 bilhões, em 2018. A projeção é que o número de casos novos de câncer diagnosticados no Brasil, exceto não melanoma, sofra aumento de 66%, em 2040, em relação aos 450 mil casos registrados em 2019, com ampliação de 81% no número de óbitos, em comparação à s 232 mil mortes por câncer observadas em 2021.
Prevenção
A pesquisadora Thainá Alves Malhão, também da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca, analisou, entretanto, que é possÃvel traçar um cenário diferente, porque entre 80% e 90% dos casos de câncer são potencialmente prevenÃveis, com mudança de estilo de vida. A prevenção primária é aliada no controle da doença, assegura o Inca. âO câncer é possÃvel prevenir por meio da atividade fÃsica e da alimentação saudávelâ, reforçou Fabio Carvalho.
Durante o evento, foi apresentado o guia Atividade fÃsica e câncer: recomendações para prevenção e controle, elaborado por meio de parceria institucional entre o Inca, a Sociedade Brasileira de Oncologia ClÃnica (Sboc) e a Sociedade Brasileira de Atividade FÃsica e Saúde (Sbafs). Destinado a gestores do SUS, o guia pode ser consultado, por qualquer pessoa interessada que poderá entender que a atividade fÃsica é muito importante para a prevenção do câncer, completou Fabio Carvalho.
A diretora-geral do Inca, Ana Cristina Pinho, destacou que o papel do instituto, vinculado ao Ministério da Saúde, é informar à população que o câncer, em boa parte dos casos, pode ser evitado. Segundo Ana Cristina, o evento de hoje teve por objetivo estimular bons hábitos diários e mostrar os efeitos positivos da prevenção primária, que podem refletir na economia dos gastos do SUS.