MEC vai formar professores para acolher alunos imigrantes e refugiados
O Ministério da Educação (MEC) vai preparar professores para facilitar o acolhimento de estudantes imigrantes e refugiados nas escolas. Para tanto, lançou hoje (9) um curso de capacitação que vai proporcionar ao docente a oportunidade de conhecer e aprofundar conhecimentos em relação à inserção destes grupos no ambiente escolar e multicultural brasileiro. A capacitação terá carga de 80 horas, dividida em dois módulos, com conteúdo prático e teórico, que vai subsidiar a elaboração do material didático, pedagógico e literário de apoio à prática educativa para promover a aprendizagem e o desenvolvimento integral dos estudantes. O objetivo é viabilizar o contato dos professores com aspectos históricos, sociais, polÃticos e educacionais que permeiam a questão dos refugiados, fazendo uso de didática que auxilie no acolhimento dos alunos. O o à s aulas será por meio da plataforma Ambiente Virtual de Aprendizagem do Ministério da Educação (Avamec). Multiculturalismo Segundo o ministério, a capacitação está alinhada ao contexto da Operação Acolhida, força-tarefa criada em março de 2018 para receber imigrantes e refugiados venezuelanos que chegavam ao Brasil. Segundo o secretário de Educação Básica do MEC, Mauro Rabelo, a iniciativa ajudará escolas, gestores e professores âna tarefa de trabalhar o multiculturalismo, o que não é fácilâ, disse, ao descrever algumas situações que testemunhou durante a ida à região de frentes da Operação Acolhida. âNas visitas, vimos comunidades indÃgenas venezuelanas sendo acolhidas por comunidades indÃgenas brasileirasâ, lembrou, ao comentar a âdimensão estratégicaâ, o alcance e a importância desta operação. Transversalidade De acordo com o coordenador-geral do Comitê Geral para Refugiados do Ministério da Justiça, Bernardo Laferté, "a polÃtica migratória é uma polÃtica completamente transversal, que aborda todos os aspectos da vida, inclusive linguÃsticos", disse. âO aparato [para esta polÃtica] não é só estatal e governamental, mas de agências das Nações Unidas e da sociedade civil, presentes de maneira muito forte para acolher e integrar, porque todos aspectos da vida humana am aliâ, acrescentou. Ao entrar no paÃs, o imigrante recebe F, carteira de trabalho e vacina, para então ficar âpronto para seguir vidaâ. âSe ele tiver um filho, a criança será brasileira, e precisará ser integrada à  sociedade, até por uma questão de polÃtica de longo prazo, uma vez que [as famÃlias] trazem conhecimentos que o brasileiro não tem. Isso é muito rico. Por isso, não podemos ver como custo. Até porque eles se somarão ao nosso mercado produtivoâ, ressaltou. De acordo com o diretor de Formação Docente e Valorização de Profissionais da Educação, Renato Brito, há 82,4 milhões de refugiados no mundo, dos quais metade são crianças. âAté 68% das crianças refugiadas am o sistema primário de educação, mas este número cai para 34% quando falamos do sistema secundárioâ, disse o diretor. Barreiras âAtualmente, há mais de 57 mil pessoas no Brasil reconhecidas como refugiadas. Infelizmente, as crianças refugiadas apresentam probabilidade 53% menor de estar na escola em comparado à s crianças brasileiras. A dificuldade de o ao sistema escolar ocorre por fatores como barreiras burocráticas, sociais, culturais e principalmente linguÃsticas.â Segundo o diretor, é neste contexto que a formação, visando o acolhimento de imigrantes, se insere. A Formação para Acolhimento de Imigrantes e Refugiados está, segundo o MEC, em consonância com a Base Nacional Comum para a Formação Continuada de Professores da Educação Básica (BNC â Formação Continuada).

O Ministério da Educação (MEC) vai preparar professores para facilitar o acolhimento de estudantes imigrantes e refugiados nas escolas. Para tanto, lançou hoje (9) um curso de capacitação que vai proporcionar ao docente a oportunidade de conhecer e aprofundar conhecimentos em relação à inserção destes grupos no ambiente escolar e multicultural brasileiro.
A capacitação terá carga de 80 horas, dividida em dois módulos, com conteúdo prático e teórico, que vai subsidiar a elaboração do material didático, pedagógico e literário de apoio à prática educativa para promover a aprendizagem e o desenvolvimento integral dos estudantes.
O objetivo é viabilizar o contato dos professores com aspectos históricos, sociais, polÃticos e educacionais que permeiam a questão dos refugiados, fazendo uso de didática que auxilie no acolhimento dos alunos. O o à s aulas será por meio da plataforma Ambiente Virtual de Aprendizagem do Ministério da Educação (Avamec).
Multiculturalismo
Segundo o ministério, a capacitação está alinhada ao contexto da Operação Acolhida, força-tarefa criada em março de 2018 para receber imigrantes e refugiados venezuelanos que chegavam ao Brasil.
Segundo o secretário de Educação Básica do MEC, Mauro Rabelo, a iniciativa ajudará escolas, gestores e professores âna tarefa de trabalhar o multiculturalismo, o que não é fácilâ, disse, ao descrever algumas situações que testemunhou durante a ida à região de frentes da Operação Acolhida.
âNas visitas, vimos comunidades indÃgenas venezuelanas sendo acolhidas por comunidades indÃgenas brasileirasâ, lembrou, ao comentar a âdimensão estratégicaâ, o alcance e a importância desta operação.
Transversalidade
De acordo com o coordenador-geral do Comitê Geral para Refugiados do Ministério da Justiça, Bernardo Laferté, "a polÃtica migratória é uma polÃtica completamente transversal, que aborda todos os aspectos da vida, inclusive linguÃsticos", disse.
âO aparato [para esta polÃtica] não é só estatal e governamental, mas de agências das Nações Unidas e da sociedade civil, presentes de maneira muito forte para acolher e integrar, porque todos aspectos da vida humana am aliâ, acrescentou. Ao entrar no paÃs, o imigrante recebe F, carteira de trabalho e vacina, para então ficar âpronto para seguir vidaâ.
âSe ele tiver um filho, a criança será brasileira, e precisará ser integrada à  sociedade, até por uma questão de polÃtica de longo prazo, uma vez que [as famÃlias] trazem conhecimentos que o brasileiro não tem. Isso é muito rico. Por isso, não podemos ver como custo. Até porque eles se somarão ao nosso mercado produtivoâ, ressaltou.
De acordo com o diretor de Formação Docente e Valorização de Profissionais da Educação, Renato Brito, há 82,4 milhões de refugiados no mundo, dos quais metade são crianças. âAté 68% das crianças refugiadas am o sistema primário de educação, mas este número cai para 34% quando falamos do sistema secundárioâ, disse o diretor.
Barreiras
âAtualmente, há mais de 57 mil pessoas no Brasil reconhecidas como refugiadas. Infelizmente, as crianças refugiadas apresentam probabilidade 53% menor de estar na escola em comparado à s crianças brasileiras. A dificuldade de o ao sistema escolar ocorre por fatores como barreiras burocráticas, sociais, culturais e principalmente linguÃsticas.â Segundo o diretor, é neste contexto que a formação, visando o acolhimento de imigrantes, se insere.
A Formação para Acolhimento de Imigrantes e Refugiados está, segundo o MEC, em consonância com a Base Nacional Comum para a Formação Continuada de Professores da Educação Básica (BNC â Formação Continuada).