Professores pedem revogação de artigo de projeto durante reunião na Câmara Municipal de Ubá

Professores pedem revogação de artigo de projeto durante reunião na Câmara Municipal de Ubá

No retorno das atividades parlamentares, os vereadores de Ubá encontraram o plenário quase lotado na reunião ordinária desta segunda-feira, 6 de fevereiro. Dezenas de professores estiveram na Câmara Municipal para reivindicar a revogação de um artigo de projeto da área da educação. Segundo a professora Nilcéa , esse projeto prejudica muito os alunos.

“O nosso objetivo hoje aqui na Câmara, juntamente com os profissionais da educação, é pedir aos vereadores que revoguem o Artigo 6º, Inciso 3 e altera o Artigo 11 da Lei 4.819 de 1º de dezembro de 2020, que contraria totalmente a LDB 9394/96 e contraria totalmente o projeto político pedagógico da escola. Pois não existe isso, o calendário escolar cumpre 200 dias durante o ano letivo e não 180 dias corridos. Outra coisa é que essa legislação afeta os outros contratados da prefeitura, na área da saúde principalmente.

Não existe esse negócio de você trabalhar 6 meses e ficar 6 meses de castigo em casa. Isso é totalmente inconstitucional. Por isso nós estamos aqui hoje lutando por essa causa. Quem criou essa lei não observou que o fator principal da educação é o aluno e ele será o maior prejudicado com essa lei”. Exaltou a Professora Nilcéa Martins do Nascimento

No final da reunião o Vereador e Presidente da casa do legislativo, José Roberto Filgueiras, que na ocasião estava iniciando o segundo mandato frente a Presidência, explicou aos professores que o projeto precisava cumprir um trâmite legal e propôs audiências públicas.

“A gente sempre ouve em relação a política que o Brasil não tem jeito e hoje aqui estamos vendo as pessoas lutando pelo direito sagrado de trabalho. O projeto foi apresentado, mas os vereadores tem ciência que há uma legislação federal que estabelece um prazo maior de 6 meses, que é 2 anos e uma lei estadual é superior também a que nós estamos propondo, que é de 6 meses. Nós seguindo essa lei estadual.

Então a proposta nesse projeto nosso é tirar esse período e aí temos que deixar bem claro para os professores que aqui estão, que essa lei ainda tem um trâmite a ser feito aqui nessa casa para que ela possa ser aprovada.

Inclusive, até pela sugestão do Vereador José Maria, vamos conversar sobre a questão de uma audiência pública, chamar o prefeito, chamar representantes dele ou o secretário de educação, para que possamos aprovar um projeto, mas que seja discutido também com o executivo e quando ele for aprovado seja aceito lá na prefeitura. A nossa sugestão é que façamos umas reuniões de audiência pública, com a participação dos professores e representantes do executivo.

A vinda dos professores aqui é extremamente importante e mostra para os vereadores e para o executivo que eles querem trabalhar, que querem exercer a atividade a que foram selecionados no processo seletivo e tenho certeza poderão contar com todos os vereadores. Mas precisamos de cumprir todo o trâmite legal para que esse objetivo tenha sucesso”. Declarou o Presidente da CMU, José Roberto Filgueiras