Projeto Florescer foi tema da Tribuna Livre na Câmara Municipal de Ubá

Durante a reunião ordinária da Câmara Municipal de Ubá, desta segunda, 4 de dezembro, a Tribuna Livre foi ocupada pela senhora Vera Lúcia Miranda, Presidente do Projeto Florescer e pela Vice-Presidente, a senhora Rose Tupy, que falaram sobre a importância desse projeto social ubaense.
A Presidente do Projeto Florescer, Vera Lúcia Miranda, explicou como funciona e o propósito desse projeto social que funciona no prédio da Estação da Praça Guido, cedido pela Prefeitura Municipal de Ubá.
“Eu sou costureira, dona de casa rural, trabalhei em fábrica e sou artesã. Eu tenho um projeto para ajudar as donas de casa e idosos, pessoas, moradores de rua, mulheres, crianças e homens a fazerem artesanato. As aulas são totalmente grátis. A gente leva o material, a gente dá um café da manhã e é das oito da manhã às quatro da tarde, toda segunda lá na Praça Guido Marlière. E a gente está com recurso próprio porque a gente não tinha documentação, estamos tirando. Aí eu queria pedir a vocês que fossem lá ver o projeto para entender o que acontece. No primeiro dia a gente atendeu 120 pessoas, no segundo 85 e hoje foi o terceiro dia da semana, três semanas de trabalho. A gente recebeu 60 crianças da AMA e 80 pessoas que fizeram aula lá. O material é todo reciclado. Eu recolho nas empresas e produzo as peças para doar para a população aprender, finalizar. A gente está pedindo recurso de todas as empresas que puderem ajudar, pessoa física, quem quiser ir lá conhecer o projeto, para ver o trabalho. Ninguém ganha para estar lá, entendeu? A gente vai voluntário, mas a gente que pediu isso. Só que não esperávamos de tanta gente”
A Vice-Presidente da recém formada instituição, Rose Tupy, lembrou que o trabalho voluntário que é feito ajuda pessoas com depressão e também serve como uma renda extra que ajuda diversas pessoas.
“A gente está com o projeto Florescer. Pensa assim, uma sementinha plantada floresce, Florescer. Se todos nós ajudássemos com alguma coisinha que seja, a gente pode crescer esse projeto. Existem muitas pessoas que precisam de terapia, sofrem depressão, essas coisas. Então, faz um artesanato, distrai a cabeça. Tem mulheres que precisam de uma renda extra para dentro de casa, todo mundo sabe. E esse projeto é para isso. É para ajudar a população a ter uma renda extra, a ter uma descontração na cabeça. É isso. Nós pedimos que vocês colaborem com o que vocês puderem, entendeu? Eu e você, de coração. Pense na sementinha”.
O Presidente da Câmara Municipal de Ubá, Vereador José Roberto Reis Filgueiras (REPUBLICANOS), relatou que esteve visitando o Projeto Florescer e que realmente é um trabalho que tem ajudado muitas pessoas.
Os Vereadores, Alexandre Barros (REPUBLICANOS), e José Carlos Reis Pereira (PT), parabenizaram pela iniciativa do projeto e prometeram assim que a documentação da entidade estiver pronta, destinar parte da emenda parlamentar para ajudar esse projeto.
O Vereador José Damato Neto (PSD) disse que, infelizmente a questão social na cidade de Ubá está muito carente e parabenizou a boa vontade de todas as pessoas envolvidas no Projeto Florescer.
O Vereador Gilson Fazolla Filgueiras (PDT) disse que o primeiro o é a legalização para que a instituição possa receber as subvenções sociais e que esse trabalho é muito importante para a revitalização da Praça Guido.
O Vereador Célio Lopes dos Santos (REDE), enalteceu a coragem de encarar um projeto como esse que ajuda várias pessoas que têm vários problemas e disse que a equipe pode contar com sua ajuda para fazer um Natal feliz para as crianças.
A Presidente do Projeto Florescer, Vera Lúcia Miranda, encerrou sua fala pedindo ajuda de todos para ajudarem com doações até a documentação estiver pronta e fez um convite para que todos pudessem conhecer o Projeto Florescer.
“A Secretaria de Cultura está ajudando do jeito que eles podem até a documentação sair. Assim que estiver pronta, nós teremos mais recursos. O social é muito difícil. É muito difícil você trabalhar social. Até a documentação sair, muita gente pode perder a vaga lá. E eu não quero isso. Então, eu peço que vocês vão lá na segunda, visitem, assim que puderem. Todas as segundas, nós estamos lá. E qualquer doação em dinheiro será bem-vinda para a gente continuar. A gente dá um café da manhã, a gente dá oito peças para cada pessoa levar. Ela faz a peça, leva, ela pode vender, ela pode dar de presente. É pano de prato, sacola, é bolsa, chaveiro. Já fizemos 18 peças diferentes. Então, não é fácil, não é? 130, quase 400 pessoas, que eu não imaginei, gente. Nem nunca sonhei de estar aqui com vocês. Se não fosse o Zé Roberto, o Zé Carlos, nunca imaginei. É um sonho que nem sonhei. Então, eu peço que vocês puderem ajudar até a documentação ficar pronta, para a gente continuar. Porque como é que eu vou receber mais 400 pessoas, vamos supor, até seis meses a documentação ficar pronta? Eu sou uma dona de casa hoje, entendeu? Não aposentada, não tenho verba, não tenho recurso nenhum. Então, e documentação, vocês que estão aqui sabem muito melhor que eu, que é demorado. Aí, eu peço para vocês, se vocês quiserem ir lá e visitar, ver o trabalho das meninas, leva o vizinho, leva uma pessoa, eu duvido que não vão entender o que eu estou falando, tá bom?
A gente também tem um bazar para arrecadar dinheiro, porque as meninas moram em um bairro longe. Elas pagam agem, elas pagam Uber, mototáxi. Então, não tem como. A gente dá o café da manhã, damos almoço para quem trabalha lá, porque se for em casa, e eu estou tirando do bolso para ajudar elas. Pessoas estão doentes, a gente está ajudando, não é, Rose? Ah, preciso de um remédio, preciso comprar. A gente tira o dinheiro e doa, sem ter também. Então, é um lugar que dá para vocês doarem também. Pode doar uma roupa, pode doar um alimento. A gente doa para quem precisa. Nós ganhamos berço essa semana, duas sacolas de roupas. A gente doou, levei na casa da pessoa, paguei o carreto. Então, é meio complicado, mas, no fim, dá tudo certo. E eu espero que vocês vão lá e visitem. É o que eu quero. Vão e visitem e ajudem do jeito que puder. Nem que for um pouquinho para a gente continuar. Eu gasto cerca de 250 reais por segunda. Isso, para quem não tem um salário, acaba com os recursos. Mas, assim que a gente tiver legalizado, a gente vai ter o apoio de vocês, tenho certeza”.