Safra de café 2022 pode chegar a 53,4 milhões de sacas
A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a produção de café é de 53,4 milhões de sacas, na safra deste ano. O volume representa acréscimo de cerca de 5,7 milhões de sacas em relação ao ciclo anterior. Se comparado com a colheita de 2020, último ano de bienalidade positiva, a produção esperada para este ano é 15,3% inferior, o que representa 9,65 milhões de sacas. O ciclo bienal é uma caracterÃstica da cultura e consiste na alternância de um ano com grande florada seguido por outro com florada menos intensa. âA recuperação é limitada, uma vez que a estiagem e as geadas ocorridas ainda no ano ado, principalmente em Minas Gerais, no Paraná e em São Paulo, debilitaram as plantas, influenciando no desempenho produtivo das lavouras de caféâ, diz o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro, em nota. Café arábica De acordo com a companhia, o café do tipo arábica é aquele que mais deve ser influenciado pelo clima adverso, pois a sua concentração ocorre nas regiões mais impactadas pelas baixas temperaturas e pela escassez hÃdrica. Mas a expectativa ainda é de recuperação na produção em relação à safra ada, podendo chegar a 35,7 milhões de sacas do produto beneficiado. âPorém, era esperado um potencial produtivo maior, por se tratar de um ciclo de bienalidade positiva. Se comparado com a safra 2020, a sinalização é de diminuição de 23,6% do volume total estimadoâ, acrescenta a Conab. Segundo a companhia, para a produtividade média, o último ano de bienalidade positiva alcançou cerca de 32,21 sacas por hectare para o mesmo café arábica. Já na atual safra, a estimativa é de um rendimento médio de 24,6 sacas por hectare. Minas Gerais continua como o maior produtor de café do Brasil com 24,7 milhões de sacas produzidas, destas 24,4 milhões são de arábica. Café Conilon Em movimento oposto ao arábica, a produção de café conilon deve atingir novo recorde, com colheita de 17,7 milhões de sacas beneficiadas â um aumento de 8,7% em relação à safra anterior, puxado pelo incremento de produtividade que tem sido recorrente a cada ano. No EspÃrito Santo, principal estado produtor de conilon, a produção tende a ultraar as 12 milhões de sacas. âNão houve registro de extremos climáticos no estado capixaba. Pelo contrário, o volume de chuvas e as temperaturas foram favoráveis para a cultura. O mesmo cenário foi verificado na Bahia. Em Rondônia, além das boas condições climáticas, os produtores seguem investindo em melhorias nos pacotes tecnológicos. Já os estados de Mato Grosso e Amazonas apresentam grande potencial para ampliar a produtividade e consequentemente a produçãoâ, ressalta o diretor de Informações Agropecuárias e PolÃticas AgrÃcolas da Conab, Sergio De Zen, em nota. Ãrea Segundo o levantamento da Conab, a área destinada para o café está estimada em 2,2 milhões de hectares, aumento de 1,9% em relação a 2021. A elevação é esperada tanto para o espaço destinado para as plantas em formação como para aquelas em produção. Para a área em formação, que contempla plantios novos e áreas esqueletadas ou recepadas, a Conab estima cerca de 401,2 mil hectares, enquanto as lavouras em produção devem se estender por 1,84 milhão de hectares, alta de 2,5% e 1,8% respectivamente. Mercado externo Nos quatro primeiros meses deste ano, o Brasil exportou 14,1 milhões de sacas de 60 quilos de café. O volume é 10,8% menor do que o exportado em igual perÃodo do ano ado, resultado influenciado pela queda na produção de café em 2021 e redução dos estoques internos nos primeiros meses de 2022. âAtualmente, a oferta restrita do produto continua influenciando os preços. Por outro lado, a pressão baixista sobre o consumo aumenta as incertezas e a tendência atual é de muita volatilidade. Porém a recuperação limitada da produção brasileira impede quedas mais expressivas nas cotações de café e sustenta os valores praticados no mercado em patamares elevadosâ, pondera o superintendente de Estudos de Mercado e Gestão da Oferta da Conab, Allan Silveira.

A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a produção de café é de 53,4 milhões de sacas, na safra deste ano. O volume representa acréscimo de cerca de 5,7 milhões de sacas em relação ao ciclo anterior.
Se comparado com a colheita de 2020, último ano de bienalidade positiva, a produção esperada para este ano é 15,3% inferior, o que representa 9,65 milhões de sacas. O ciclo bienal é uma caracterÃstica da cultura e consiste na alternância de um ano com grande florada seguido por outro com florada menos intensa.
âA recuperação é limitada, uma vez que a estiagem e as geadas ocorridas ainda no ano ado, principalmente em Minas Gerais, no Paraná e em São Paulo, debilitaram as plantas, influenciando no desempenho produtivo das lavouras de caféâ, diz o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro, em nota.
Café arábica
De acordo com a companhia, o café do tipo arábica é aquele que mais deve ser influenciado pelo clima adverso, pois a sua concentração ocorre nas regiões mais impactadas pelas baixas temperaturas e pela escassez hÃdrica. Mas a expectativa ainda é de recuperação na produção em relação à safra ada, podendo chegar a 35,7 milhões de sacas do produto beneficiado. âPorém, era esperado um potencial produtivo maior, por se tratar de um ciclo de bienalidade positiva. Se comparado com a safra 2020, a sinalização é de diminuição de 23,6% do volume total estimadoâ, acrescenta a Conab.
Segundo a companhia, para a produtividade média, o último ano de bienalidade positiva alcançou cerca de 32,21 sacas por hectare para o mesmo café arábica. Já na atual safra, a estimativa é de um rendimento médio de 24,6 sacas por hectare. Minas Gerais continua como o maior produtor de café do Brasil com 24,7 milhões de sacas produzidas, destas 24,4 milhões são de arábica.
Café Conilon
Em movimento oposto ao arábica, a produção de café conilon deve atingir novo recorde, com colheita de 17,7 milhões de sacas beneficiadas â um aumento de 8,7% em relação à safra anterior, puxado pelo incremento de produtividade que tem sido recorrente a cada ano.
No EspÃrito Santo, principal estado produtor de conilon, a produção tende a ultraar as 12 milhões de sacas. âNão houve registro de extremos climáticos no estado capixaba. Pelo contrário, o volume de chuvas e as temperaturas foram favoráveis para a cultura. O mesmo cenário foi verificado na Bahia. Em Rondônia, além das boas condições climáticas, os produtores seguem investindo em melhorias nos pacotes tecnológicos. Já os estados de Mato Grosso e Amazonas apresentam grande potencial para ampliar a produtividade e consequentemente a produçãoâ, ressalta o diretor de Informações Agropecuárias e PolÃticas AgrÃcolas da Conab, Sergio De Zen, em nota.
Ãrea
Segundo o levantamento da Conab, a área destinada para o café está estimada em 2,2 milhões de hectares, aumento de 1,9% em relação a 2021. A elevação é esperada tanto para o espaço destinado para as plantas em formação como para aquelas em produção. Para a área em formação, que contempla plantios novos e áreas esqueletadas ou recepadas, a Conab estima cerca de 401,2 mil hectares, enquanto as lavouras em produção devem se estender por 1,84 milhão de hectares, alta de 2,5% e 1,8% respectivamente.
Mercado externo
Nos quatro primeiros meses deste ano, o Brasil exportou 14,1 milhões de sacas de 60 quilos de café. O volume é 10,8% menor do que o exportado em igual perÃodo do ano ado, resultado influenciado pela queda na produção de café em 2021 e redução dos estoques internos nos primeiros meses de 2022.
âAtualmente, a oferta restrita do produto continua influenciando os preços. Por outro lado, a pressão baixista sobre o consumo aumenta as incertezas e a tendência atual é de muita volatilidade. Porém a recuperação limitada da produção brasileira impede quedas mais expressivas nas cotações de café e sustenta os valores praticados no mercado em patamares elevadosâ, pondera o superintendente de Estudos de Mercado e Gestão da Oferta da Conab, Allan Silveira.