DÃvida Pública sobe 2,01% em maio e fica em R$ 5,7 trilhões
O baixo volume de vencimentos e a alta dos juros fizeram a DÃvida Pública Federal (DPF) subir em maio. Segundo números divulgados hoje (28) pelo Tesouro Nacional, a DPF ou de R$ 5,59 trilhões em abril para R$ 5,702 trilhões no mês ado, alta de 2,01%. Os números de maio foram divulgados dentro do prazo, mas as estatÃsticas de abril foram apresentadas com um mês de atraso por causa da greve dos analistas do Tesouro Nacional. No mês retrasado, a DPF tinha crescido 0,45%, por causa da apropriação de juros. Apesar do resultado de maio, a DPF permanece abaixo dos R$ 5,73 trilhões registrados em fevereiro. O Tesouro prevê que a DPF subirá nos próximos meses. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), apresentado no fim de janeiro, o estoque da DPF deve encerrar 2022 entre R$ 6 trilhões e R$ 6,4 trilhões. A DÃvida Pública Mobiliária (em tÃtulos) interna (DPMFi) subiu 2,17%, ando de R$ 5,36 trilhões em abril para R$ 5,476 trilhões em maio. No mês ado, o Tesouro emitiu R$ 65,4 bilhões em tÃtulos a mais do que resgatou, principalmente em papéis prefixados (com juros fixos) e em papéis corrigidos pela taxa Selic (juros básicos da economia). Além da emissão lÃquida, houve a apropriação de R$ 50,81 bilhões em juros. Por meio da apropriação de juros, o governo reconhece, mês a mês, a correção dos juros que incide sobre os tÃtulos e incorpora o valor ao estoque da dÃvida pública. Com a taxa Selic (juros básicos da economia) subindo desde agosto do ano ado, a apropriação de juros aumenta. No mês ado, o Tesouro emitiu R$ 86,06 bilhões em tÃtulos da DPMFi. No entanto, os resgates somaram R$ 20,67 bilhões, quase a totalidade em tÃtulos corrigidos pela inflação, que costumam vencer no segundo mês de cada trimestre. A queda do dólar em maio também contribuiu para diminuir o endividamento do governo. A DÃvida Pública Federal externa (DPFe) caiu 1,71%, ando de R$ 230,19 bilhões em abril para R$ 226,27 bilhões em maio. O principal fator foi a queda de 3,87% do dólar no mês ado. Colchão Depois de dois meses seguidos de queda, o colchão da dÃvida pública (reserva financeira usada em momentos de turbulência ou de forte concentração de vencimentos) subiu em maio. Essa reserva ou de R$ 1,037 trilhão em abril para R$ 1,108 trilhão no mês ado. Atualmente, o colchão cobre quase um ano de vencimentos da dÃvida pública. Nos próximos 12 meses, está previsto o vencimento de R$ 1,310 trilhão em tÃtulos federais. Composição O baixo volume de vencimentos mudou pouco a composição da DPF. A proporção dos papéis corrigidos pelos juros básicos subiu de 36,66% para 36,80%. O PAF prevê que o indicador feche 2022 entre 38% e 42%. Esse tipo de papel voltou a atrair o interesse dos compradores por causa das recentes altas da Selic. A fatia de tÃtulos prefixados (com rendimento definido no momento da emissão), que vinha caindo bastante nos últimos meses, recuperou-se e subiu de 26,96% para 27,21%. O PAF prevê que a parcela da DÃvida Pública Federal corrigida por esse indicador terminará o ano entre 24% e 28%. O Tesouro tem lançado menos papéis prefixados, por causa da turbulência no mercado financeiro nos últimos meses. Esses tÃtulos têm demanda maior em momento de estabilidade econômica. A fatia de tÃtulos corrigidos pela inflação na DPF caiu, ando de 32,03% para 31,8%. O PAF prevê que os tÃtulos vinculados à inflação encerrarão o ano entre 27% e 31%. Composto por antigos tÃtulos da dÃvida interna corrigidos em dólar e pela dÃvida externa, o peso do câmbio na dÃvida pública ou de 4,35% para 4,18%. A dÃvida pública vinculada ao câmbio está dentro dos limites estabelecidos pelo PAF para o fim de 2022, entre 3% e 7%. Detentores As instituições financeiras seguem como principais detentoras da DÃvida Pública Federal interna, com 29,6% de participação no estoque. Os fundos de investimento, com 23,2%, e os fundos de pensão, com 23%, aparecem em seguida na lista de detentores da dÃvida. Por causa da instabilidade no mercado financeiro internacional, a participação dos não residentes (estrangeiros) caiu de 9,3% em abril para 9,1% em maio. Os demais grupos somam 15,1% de participação, segundo os dados apurados no mês. Por meio da dÃvida pública, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos financeiros. Em troca, compromete-se a devolver os recursos depois de alguns anos, com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic (juros básicos da economia), a inflação, o dólar ou ser prefixada (definida com antecedência).

O baixo volume de vencimentos e a alta dos juros fizeram a DÃvida Pública Federal (DPF) subir em maio. Segundo números divulgados hoje (28) pelo Tesouro Nacional, a DPF ou de R$ 5,59 trilhões em abril para R$ 5,702 trilhões no mês ado, alta de 2,01%.
Os números de maio foram divulgados dentro do prazo, mas as estatÃsticas de abril foram apresentadas com um mês de atraso por causa da greve dos analistas do Tesouro Nacional. No mês retrasado, a DPF tinha crescido 0,45%, por causa da apropriação de juros.
Apesar do resultado de maio, a DPF permanece abaixo dos R$ 5,73 trilhões registrados em fevereiro. O Tesouro prevê que a DPF subirá nos próximos meses. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), apresentado no fim de janeiro, o estoque da DPF deve encerrar 2022 entre R$ 6 trilhões e R$ 6,4 trilhões.
A DÃvida Pública Mobiliária (em tÃtulos) interna (DPMFi) subiu 2,17%, ando de R$ 5,36 trilhões em abril para R$ 5,476 trilhões em maio. No mês ado, o Tesouro emitiu R$ 65,4 bilhões em tÃtulos a mais do que resgatou, principalmente em papéis prefixados (com juros fixos) e em papéis corrigidos pela taxa Selic (juros básicos da economia).
Além da emissão lÃquida, houve a apropriação de R$ 50,81 bilhões em juros. Por meio da apropriação de juros, o governo reconhece, mês a mês, a correção dos juros que incide sobre os tÃtulos e incorpora o valor ao estoque da dÃvida pública. Com a taxa Selic (juros básicos da economia) subindo desde agosto do ano ado, a apropriação de juros aumenta.
No mês ado, o Tesouro emitiu R$ 86,06 bilhões em tÃtulos da DPMFi. No entanto, os resgates somaram R$ 20,67 bilhões, quase a totalidade em tÃtulos corrigidos pela inflação, que costumam vencer no segundo mês de cada trimestre.
A queda do dólar em maio também contribuiu para diminuir o endividamento do governo. A DÃvida Pública Federal externa (DPFe) caiu 1,71%, ando de R$ 230,19 bilhões em abril para R$ 226,27 bilhões em maio. O principal fator foi a queda de 3,87% do dólar no mês ado.
Colchão
Depois de dois meses seguidos de queda, o colchão da dÃvida pública (reserva financeira usada em momentos de turbulência ou de forte concentração de vencimentos) subiu em maio. Essa reserva ou de R$ 1,037 trilhão em abril para R$ 1,108 trilhão no mês ado.
Atualmente, o colchão cobre quase um ano de vencimentos da dÃvida pública. Nos próximos 12 meses, está previsto o vencimento de R$ 1,310 trilhão em tÃtulos federais.
Composição
O baixo volume de vencimentos mudou pouco a composição da DPF. A proporção dos papéis corrigidos pelos juros básicos subiu de 36,66% para 36,80%. O PAF prevê que o indicador feche 2022 entre 38% e 42%. Esse tipo de papel voltou a atrair o interesse dos compradores por causa das recentes altas da Selic.
A fatia de tÃtulos prefixados (com rendimento definido no momento da emissão), que vinha caindo bastante nos últimos meses, recuperou-se e subiu de 26,96% para 27,21%. O PAF prevê que a parcela da DÃvida Pública Federal corrigida por esse indicador terminará o ano entre 24% e 28%.
O Tesouro tem lançado menos papéis prefixados, por causa da turbulência no mercado financeiro nos últimos meses. Esses tÃtulos têm demanda maior em momento de estabilidade econômica.
A fatia de tÃtulos corrigidos pela inflação na DPF caiu, ando de 32,03% para 31,8%. O PAF prevê que os tÃtulos vinculados à inflação encerrarão o ano entre 27% e 31%.
Composto por antigos tÃtulos da dÃvida interna corrigidos em dólar e pela dÃvida externa, o peso do câmbio na dÃvida pública ou de 4,35% para 4,18%. A dÃvida pública vinculada ao câmbio está dentro dos limites estabelecidos pelo PAF para o fim de 2022, entre 3% e 7%.
Detentores
As instituições financeiras seguem como principais detentoras da DÃvida Pública Federal interna, com 29,6% de participação no estoque. Os fundos de investimento, com 23,2%, e os fundos de pensão, com 23%, aparecem em seguida na lista de detentores da dÃvida.
Por causa da instabilidade no mercado financeiro internacional, a participação dos não residentes (estrangeiros) caiu de 9,3% em abril para 9,1% em maio. Os demais grupos somam 15,1% de participação, segundo os dados apurados no mês.
Por meio da dÃvida pública, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos financeiros. Em troca, compromete-se a devolver os recursos depois de alguns anos, com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic (juros básicos da economia), a inflação, o dólar ou ser prefixada (definida com antecedência).