Forças de segurança combatem crimes contra a mulher em Minas

No Dia Internacional da Mulher, comemorado hoje (8/3), as forças de segurança de Minas Gerais apresentam os resultados da operação Resguardo, voltada ao enfrentamento da violência contra a mulher. Ao longo de um mês, foram deflagradas ações de repressão e prevenção aos crimes, culminando no cumprimento de mais de 130 mandados de prisão e 64 de busca e apreensão em todo o estado. O número de vítimas atendidas superou 7,7 mil, sendo 23 resgatadas, e os pedidos de medidas protetivas chegaram a 3,3 mil.
Desde o dia 7 de fevereiro, policiais civis, militares e penais; bombeiros militares; agentes socioeducativos; integrantes do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG); e técnicos da Política de Prevenção à Criminalidade estiveram empenhados nas intervenções realizadas nos municípios mineiros. Ao todo, o efetivo da força-tarefa alcança 7,7 mil profissionais, com a utilização de 3 mil viaturas. No viés de conscientização, foram realizadas 1,4 mil palestras. A população também colaborou no combate, registrando quase 1,5 mil denúncias via disques 180 e 181.
No curso da operação, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) instaurou 3,3 mil inquéritos policiais e concluiu cerca de 2,9 mil. O chefe da PCMG, delegado-geral Joaquim Francisco Neto e Silva, conta que a instituição empenha esforços tanto para acolher a mulher em situação de violência quanto para proporcionar a justa responsabilização dos agressores. “Mais uma vez, a Polícia Civil de Minas Gerais cumpre seu papel e se destaca na proteção e no enfrentamento à violência contra a mulher. Trabalhamos para fazer do nosso estado um lugar de respeito e igualdade para as mulheres”, enfatiza.
No decorrer dos trabalhos, também foram lavrados quase 1,1 mil autos de prisão em flagrante e 48 autos de apreensão em flagrante de ato infracional (com adolescentes suspeitos). Houve, ainda, a lavratura de 510 Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs) e 142 Boletins Circunstanciados de Ocorrência (BOCs - referentes a adolescentes).
Integração
A operação Resguardo, que ocorreu em todo o território brasileiro, foi demandada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Em Minas, integrou as forças mineiras de segurança e o MPMG, por meio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). No balanço nacional, o estado apresentou o maior efetivo envolvido na ação e também foi destaque no número de vítimas atendidas, prisões em flagrante e denúncias recebidas, liderando todos esses rankings.
O secretário da Sejusp, Rogério Greco, afirma que as forças de segurança estão unidas e preparam-se, cada vez mais, para o enfrentamento do crime de violência contra as mulheres, que ocorre principalmente dentro dos lares e, muitas vezes, envolve uma relação afetiva entre vítima e agressor. “As mulheres precisam saber que os serviços das forças de segurança estão disponíveis para auxiliá-las. A operação Resguardo mostra que todos os órgãos estão trabalhando em prol disso. É importante que elas não se calem e denunciem qualquer tipo de violência”, observa.
Proximidade
Os dois principais eventos de encerramento da operação Resguardo para a população, realizados nesta terça-feira (8/3), ocorreram em Uberaba, na Praça Rui Barbosa, área central da cidade do Triângulo Mineiro, e em Belo Horizonte, na Praça Diogo de Vasconcelos (Savassi), região Centro-Sul da capital.
As forças de segurança se reuniram e distribuíram informações para quem ava por esses locais. Equipes da Subsecretaria de Prevenção à Criminalidade (Supec/Sejusp) também estiveram presentes, orientando a população sobre os serviços ofertados tanto para as vítimas de violência doméstica quanto para os agressores.
O evento em Belo Horizonte contou com o apoio da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/BH), que fez a distribuição de brindes para as antes e as profissionais que trabalham nas lojas do entorno. Um grupo de mulheres participantes de oficina de teatro desenvolvida pelo Programa Mediação de Conflitos, no Aglomerado da Serra, região Centro-Sul de BH, também se apresentou. A oficina busca estimular o protagonismo feminino.
Já em Uberaba, o caminhão do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) – que reúne todas as forças de segurança – ficou estacionado na Praça Rui Barbosa, durante a ação, realizando o monitoramento remoto dos portadores de tornozeleira por Lei Maria da Penha. Outdoors com informações de serviços de auxílio às vítimas de violência doméstica também estão estampados na cidade.
Texto: Sejusp (adaptado)
Fotos: Tiago Ciccarini/Ascom Sejusp